sexta-feira, 18 de março de 2011

Dependência Química – 19/02/2011

Entrevistada: Mireile Miranda

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios, feita o ano passado, concluiu que de quatro mil cidades brasileiras pesquisadas, 98% delas declaram ter problemas com tráfico e consumo de entorpecentes. No Brasil, o número de mortes relacionadas à dependência química cresceu cerca de 150% nos últimos 10 anos.

A dependência química é uma doença, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em sua classificação internacional. Por se tratar de assunto de saúde pública, é importante a participação efetiva do Governo com investimentos voltados para a solução deste problema. Os dependentes químicos necessitam de tratamentos específicos, profissionais qualificados, entre médicos, psiquiatras e psicólogos; com programas terapêuticos eficientes.

Para falar sobre esse assunto, esteve no Papo Alternativo a responsável pelo setor de dependência química do Centro de Assistência Psicossocial de Parintins (CAPS), Mireile Miranda. De acordo com Mireile, o Caps já atendeu cerca de 220 pacientes usuários de drogas. Na maioria das vezes é a família quem procura o tratamento. No município, as drogas mais consumidas são respectivamente: maconha, pasta base e cocaína.

Mesmo oferecendo atendimento à dependentes químicos, o Caps não oferece estrutura adequada para o tratamento da doença. Existem atualmente diversos tipos de tratamentos e clínicas especializadas no mercado, no entanto, o acesso a eles é restrito àqueles que têm condições financeiras suficiente para pagar as despesas com internações e tratamentos que podem durar anos.

Segundo Mireile, a Assessoria de Planejamento da Secretária de Saúde de Parintins propôs ao Ministério da Saúde o financiamento do projeto Caps AD, um centro especializado no tratamento de pessoas doentes pelo consumo de Álcool e drogas, por isso AD. Agora é esperar a vontade política. Para obter mais informações ou buscar tratamento é só ir ao Centro de Saúde mais próximo de sua casa.

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